O lançamento do livro “VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: Percursos e Percalços da Violência Doméstica Velada da Pandemia até a Atualidade” sacudiu a Casa dos Advogados – OAB Barra da Tijuca na noite desta quinta-feira (4). O auditório lotado, disputado até os últimos assentos, mostrou que a sociedade está cansada do silêncio e quer, de uma vez por todas, enfrentar a realidade brutal da violência doméstica.
Autoridades do Executivo, delegadas, advogados, docentes e um público atento — muitos deles sobreviventes desta violência — compareceram para ouvir a autora, Dra. Lilian Cunha da Silva Leite, criminalista que transformou anos de luta e escuta em um livro que tem tudo para se tornar referência no tema.
A mesa da noite reuniu mulheres cuja trajetória fala mais alto que qualquer estatística:
• Dra. Alriam Fernandes, Delegada da DEAM–Centro, que vive diariamente a dor e a coragem das vítimas;
• Dra. Lorelane Machado, que assinou o prefácio com uma visão crítica e sensível sobre o cenário atual;
• Dra. Larissa Pochmann, advogada e professora universitária, que provocou reflexões profundas sobre a violência que ninguém vê, mas que destrói vidas.
O livro mergulha na violência silenciosa — aquela que não deixa marcas aparentes, mas mutila emocionalmente — e revisita o período da pandemia, quando milhares de mulheres ficaram confinadas com seus agressores. A obra expõe, com coragem, os bastidores desse drama que ainda explode nos lares brasileiros.
A forte presença do público mostrou que o tema está longe de ser apenas uma pauta acadêmica. Ele é urgente. Ele é real. Ele é diário.
Emocionada, a autora resumiu o sentimento da noite em uma frase que arrancou aplausos:
“Cada página virada é uma mulher que se levanta. Este livro é um farol — e a nossa luta não para.”
O lançamento, que terminou com fila extensa para autógrafos, foi marcado por relatos impactantes e pela certeza de que a obra chega para somar forças em uma batalha que precisa da voz de todos.
A mobilização vista na Barra da Tijuca deixa claro: a sociedade não aceita mais a violência doméstica como parte da rotina. E a obra da Dra. Lilian Cunha surge como um grito que promete ecoar muito além das paredes do auditório.